Aviões nucleares

Na época da Guerra Fria os EUA e a URSS construiram e testaram aviões movidos à energia nuclear.

As dificuldades de construção de uma aeronave deste tipo eram:
– proteger o piloto da radiação
– obter um motor leve o sufiente
– eliminar a saída de material radioativo pelos motores
– espalhamento de radiação em caso de queda do avião.

Para o problema da radiação sobre o piloto chegaram a propor o uso de homens velhos que não teriam mais filhos, já que uma alta dose de radiação poderia resultar uma criança com deformidades genéticas. Este problema foi provisoriamente resolvido com uma pesada blindagem ao redor da cabine. Relatos indicam que a URSS não tomou as devidas precauções, gerando contaminações severas na tripulação.

Tentaram solucionar o problema da saída de material radioativo pelo motor com o uso de um sistema indireto de alimentação, mas isto gerava uma aeronave muito pesada. Mais uma vez a URSS optou pela solução mais barata e perigosa, causando contaminação das áreas por onde o avião passava. Aparentemente nenhuma solução prática existia para a queda da aeronave, e a única precaução era a escolta para isolar a área em caso de acidente.

 

Fonte: http://www.ceticismoaberto.com/ciencia/10/avioes-nucleares

Sete vezes ultra-sônico

A busca por atingir velocidades cada vez maiores acompanha o homem há décadas. Em 1967, um avião experimental da Nasa, movido por um foguete, atingiu a velocidade Mach 6,7, ou seja, ultrapassou a velocidade do som em mais de seis vezes. Até hoje, ele é considerado o veiculo mais rápido de todos os tempos. Mas a agência espacial americana pode bater esse recorde a qualquer momento. Já está pronto o X-43, um pequeno avião não tripulado, impulsionado por um foguete Pegasus, que promete ser capaz de atingir Mach 7. Para isso, deverá ser lançado em três fases. Primeiro, é levado a uma altitude de 20 000 pés por um cargueiro B-52. Então, o X-43 é lançado preso ao foguete Pegasus. Só então aciona seu motor especial, chamado scramjet, movido a hidrogênio. Num vôo de 10 segundos, deve chegar a Mach 7. A primeira tentativa da Nasa fracassou, no início de junho do ano passado, por um problema com o Pegasus – o X-43 foi derrubado sobre o Pacífico. O projeto que custou 185 milhões de dólares, deve ter um novo teste embreve. A idéia da Nasa é usar os resultados do X-43 para desenvolver aviões capazes de realizar vôos na órbita do planeta, levando satélites.

• A maior velocidade  já atingida por uma bicicleta foi 268,831 quilômetros por hora. O “bólido” era pilotado pelo holandês Fred Rompelberg, nos Estados Unidos, em 1995.

• O carro mais rápido produzido em série é o modelo McLaren F1. No dia 31 de março de 1998, na Alemanha, o inglês Andy Wallace atingiu a velocidade de 386,7 quilômetros por hora.

Fonte: http://super.abril.com.br/tecnologia/sete-vezes-ultra-sonico-442702.shtml


EUA lançará satélite para monitorar lixo espacial

O espaço está ficando cada vez mais perigoso. Você pode ser atacado por uma raça alienígena, entrar em rota de colisão com um asteróide ou simplesmente esbarrar num amontoado de lixo espacial. E preocupada com essa última hipótese, a Força Aérea Americana lançará esta semana um satélite projetado para monitorar os resíduos perigosos presentes no espaço.

O SBSS (Space-Based Space Surveillance Satellite), que será lançado na sexta-feira base de Vandenberg Air Force Base, na Califórnia, ficará em órbita a 627 km acima da Terra. Este satélite tem sensores duas vezes mais sensíveis e com uma capacidade de rastreamento dez vezes maior que seus antecessores.  Ele foi construído pela Ball Aeroespace, em Boulder, Colorado, em colaboração com a Boing. Carrega uma câmera óptica giratória, para ter vários pontos de vista sem precisar move todo o satélite, economizando assim combustível. Ele irá se concentrar em satélites desativados ou fragmentos de naves e vai repassar essas informações para as estações terrestres.

A preocupação é com os milhões de pedaços de lixo espacial orbitando a Terra. No ano passado, por exemplo, um satélite russo desaparecido colidiu com o satélite da empresa de telecomunicações Iridium, causando uma nuvem de detritos e sérios prejuízos. A preocupação com esses detritos é que eles acabem prejudicando missões, ao colidirem com satélites ou naves. Agora falta mandar alguém lá pra cima fazer uma faxina espacial

Fonte: http://www.fayerwayer.com.br/2010/07/eua-lancara-satelite-para-monitorar-lixo-espacial/

 

Embraer cria divisão para Defesa

A expectativa de crescimento dos negócios na área de defesa e segurança motivou a Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, a criar uma divisão dedicada exclusivamente a cuidar desse negócio, que em alguns anos deve representar 20 por cento da receita total da companhia.

Foi anunciado no dia 10 de dezembro, a criação da unidade empresarial Embraer Defesa e Segurança, que será presidida por Luiz Carlos Aguiar, atual vice-presidente financeiro e que acumulará, por ora, as duas funções.

“O Brasil tem papel de crescente relevância no cenário geopolítico mundial e o Ministério da Defesa, por meio da Estratégia Nacional de Defesa,  estabeleceu uma visão de vanguarda para o posicionamento da indústria nacional nesse novo contexto”, disse Frederico Fleury Curado, Diretor-Presidente da Embraer.

VANT

O portólio da Embraer em Defesa inclui aeronaves de patrulha e vigilância, de combate leve e treinamento e transporte, que estão em uso em mais de 30 forças de defesa no mundo. A empresa está desenvolvendo o cargueiro KC-390, previsto para entrar em serviço em 2015 e que será o maior avião já produzido no Brasil.

Curado revelou que a Embraer avaliará, no futuro, sobre o desenvolvimento próprio ou em parceria de um Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant).

“Esse é um exemplo real de um dos focos que vamos atrás”, declarou. “Nós projetamos que haverá necessidade (de um Vant) para o Brasil, para Aeronáutica, Exército, de repente até Polícia. Isso é uma plataforma que tende a ficar cada vez mais demandada”, acrescentou, sem dar mais detalhes.

CARGUEIRO

O KC-390 já tem intenções de compra de 54 unidades, sendo 28 aviões pela Força Aérea Brasileira (FAB) e os demais por Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca.

Curado disse que em 2011 a Embraer entrará em “discussões mais detalhadas” para transformar as cartas de intenções em encomendas firmes envolvendo o KC-390, cujo preço de tabela ainda não foi definido. Segundo ele, os contratos finais devem demorar “pelo menos mais um ano” para que sejam assinados.

 

Fonte: Embraer

 

Sucesso na Operação Maracati II

Sucesso na Operação Maracati II
A última fase da Operação Maracati II foi realizada, com sucesso, neste domingo (12), com o lançamento do foguete de sondagem brasileiro VSB-30, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu principal objetivo foi oferecer a experimentos científicos, tecnológicos e educacionais ambiente de microgravidade para que fossem testados. A carga útil do foguete foi recuperada.
O VSB-30 foi lançado às 12h35, atingiu um apogeu de 242 quilômetros e um alcance de 145 quilômetros. O tempo de voo foi de 16 minutos e o foguete permaneceu um pouco mais do que cinco minutos em ambiente de microgravidade. “Todos os objetivos da operação foram atingidos. Conseguimos lançar, rastrear e recuperar a carga útil do foguete com sucesso”, afirmou o coordenador da Operação Maracati II, Cel. Eudy Carvalhaes.
A carga útil do foguete foi composta por projetos aprovados no Programa Microgravidade da Agencia Espacial Brasileira (AEB) que tem o objetivo de viabilizar experimentos nacionais em ambiente de queda livre onde se experimenta a aparente falta de peso. Sua recuperação foi parte crucial da campanha já que dos dez experimentos que voaram, sete precisavam da recuperação das amostras para serem estudados. Desde que o programa da AEB foi criado nenhum foguete que voou com experimentos havia tido sua carga útil recuperada. Por isso, uma equipe de 80 pessoas, dois helicópteros, duas aeronaves patrulha e um navio patrulha foram envolvidos na operação de resgate. De acordo com o coordenador da recuperação da carga útil, coronel Renato Tamashiro, o avião patrulha avistou a carga útil antes dela atingir o ponto de impacto e 33 minutos após o lançamento ela foi recuperada.
“Somente com o resgate da carga útil conseguiremos dar continuidade a nossas pesquisas. Analisaremos as amostras e, em aproximadamente três meses, teremos os primeiros resultados”, disse o pesquisador do Centro Universitário Faculdade da Fundação Inaciana de Ensino (FEI) de São Paulo (SP), Alessandro La Neve. Ele é coordenador de dois experimentos, o “Estudo do Efeito da Microgravidade sobre a Cinética da Enzima Invertase”, e o “Nanotubos de Carbono”. O primeiro projeto já havia voado em outra operação de microgravidade, mas como a carga útil do foguete não foi recuperada, ele teve que repetir o experimento.
Fonte: Agência Espacial Brasileira

SAAB estuda parceria com a UFABC

Uma comitiva da empresa sueca de alta tecnologia, SAAB, visitou as instalações da UFABC no último dia 19 de outubro. A intenção é estudar parcerias entre a universidade e a empresa especializada em aeronáutica e equipamento aeroespacial.

A comitiva formada por cinco executivos da SAAB foi recebida pelo coordenador-geral dos laboratórios, Herculano da Silva Martinho, pelo assessor de assuntos internacionais, Eduardo Gueron e pelo pró-reitor de pesquisa, Klaus Werner Capelle e posteriormente apresentada ao reitor Helio Waldman e o vice-reitor Gustavo Dalpian.

“A SAAB está estudando a implantação de um centro de pesquisa e desenvolvimento na região do ABC. Talvez a UFABC possa ser um parceiro”, conta Capelle. Se firmada, a parceria irá ajudar na colaboração em pesquisas, oportunidades de estágios e financiamento de projetos. Para a primeira quinzena de dezembro está previsto um workshop na UFABC em conjunto com a SAAB para explorar essa possibilidade.

Fonte: Universidade Federal do ABC

 

Diretor do IAE ministra palestra no Workshop em Engenharia Aeroespacial

O brigadeiro e engenheiro Francisco Carlos Melo Pantoja, diretor do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), ministrou palestra no dia 24 de novembro, durante a primeira edição do Workshop em Engenharia Aeroespacial da UFABC.
brigDurante o evento, o brigadeiro Pantoja apresentou o IAE e suas vertentes por meio de slides. Citou focos da tecnologia aeroespacial, propondo desenvolver soluções científicas e tecnológicas para fortalecer o poder aeroespacial no Brasil.

Outro ponto que chamou a atenção dos alunos foi a possível falta de profissionais na área aeroespacial. Segundo levantamento do próprio instituto, é cada vez menor o ingresso de novos profissionais no mercado e maior a possibilidade dos atuais se aposentarem. “Alunos interessados em aeroespacial são muito bem vindos”, diz Pantoja.

O Workshop em Engenharia Aeroespacial teve início no dia 23 e seguiu até o dia 25 de novembro.

 

Fonte: Universidade Federal do ABC

Irã planeja construção de 2ª plataforma de lançamento de satélites

O Irã iniciou um projeto para a construção de uma segunda plataforma de lançamento capaz de enviar satélites ao espaço, revelou o ministro de Tecnologia e Telecomunicações iraniano, Reza Taqipour.

“Já foram iniciados os estudos para saber qual é o lugar mais adequado. Com ela (a plataforma), o Irã abrigará no futuro as estações de controle de satélites de outros países da região”, explicou o ministro, citado neste domingo pela agência de notícias local “Mehr”.

Teerã inaugurou em 2008 seu primeiro centro aeroespacial, desde que naquele mesmo ano lançou seu primeiro foguete, o Explorer-1.

Em 2009, o país pôs em órbita seu primeiro satélite de fabricação nacional, o Omid, um pequeno aparelho de telecomunicações que girou em torno da Terra durante dois meses. Além disso, Teerã anunciou o início de um ambicioso projeto para enviar um astronauta ao espaço em 2020.

“Atualmente, existe um centro espacial no país, mas tem algumas limitações geográficas para enviar satélites ao espaço. Por isso, foram iniciados estudos para ter uma segunda localização”, explicou Taqipour.

A estação estará capacitada para lançar satélites que orbitam perto do planeta, disse o ministro.

O desenvolvimento espacial iraniano é observado com suspeita pelo Ocidente, já que se teme que o programa iraniano para lançar satélites sirva também para aplicações bélicas, como a propulsão de mísseis balísticos.

 

Fonte: EFE – Agência EFE

 

UFABC desenvolverá instrumentos de bordo para missão brasileira ao espaço profundo

Professores da Engenharia Aeroespacial da UFABC, engajados na primeira missão brasileira ao espaço profundo, apresentaram um plano de desenvolvimento de dois instrumentos científicos que serão embarcados na sonda espacial não-tripulada que visitará o asteróide triplo 2001-SN263 em 2018.

Um altímetro laser que auxiliará na navegação da sonda e no mapeamento topográfico do alvo e um espectrômetro que analisará a radiação infravermelha irradiada pelo asteróide para determinação da sua composição. Os detalhes do plano de desenvolvimento foram discutido durante o 2º workshop de instrumentação científica realizado nos dias 16 e logo aster7217 de setembro no campus da Unesp de Guaratinguetá.

“O plano de desenvolvimento que melhor atende aos objetivos da missão, da UFABC e do país deve necessariamente privilegiar a construção e qualificação espacial destes instrumentos em parceria com a academia, institutos de pesquisa e empresas nacionais”, disse Antonio Gil, um dos professores da UFABC envolvidos na missão. Além do desenvolvimento dos instrumentos, a UFABC poderá também auxiliar na otimização de trajetórias orbitais até o alvo.

A missão ASTER, como foi batizada, deve-se à iniciativa estratégica de cientistas e engenheiros brasileiros para impulsionar o setor aeroespacial do país através da formação de pessoal qualificado, da maturação de tecnologias e da fundamentação de expertise necessárias para o sucesso de missões interplanetárias não-tripuladas desta magnitude. Além disso, a exploração do ainda desconhecido asteróide triplo 2001-SN263 poderá revelar segredos do nascimento do nosso sistema solar.

O próximo workshop será realizado no INPE, em São José dos Campos, onde cientistas do Instituto de Pesquisas Espaciais da Academia Russa de Ciências (IKI) apresentarão as características do lançador orbital e dos equipamentos de telemetria russo que serão utilizados na missão. A missão será oficialmente apresentada para a comunidade acadêmica da UFABC em outubro. A logomarca, utilizada para resumir a primeira missão brasileira ao espaço profundo, foi temporariamente sugerida pela UFABC, mas será futuramente decidida, assim como seu nome, através de enquete popular.

 

Engenharia Aeroespacial

O Engenheiro Aeroespacial se qualifica para atuar no projeto, análise, construção e testes de sistemas associados com o Setor Aeroespacial, envolvendo aeronaves, foguetes e satélites artificiais. Entre as áreas específicas se encontram: sistemas de propulsão, comunicação, controle de atitude, navegação e interação homem-máquina. Esse profissional também adquire noções de sensores e instrumentação de bordo, de materiais especiais, de aerodinâmica e de controle de temperatura. A formação na UFABC possibilita amplos conhecimentos de física, química, matemática, computação e noções fundamentais de engenharia.

Museu Aeroespacial - Washington DC, EUA

Ônibus Espacial NASA

A origem da atual engenharia aeroespacial remonta aos tempos dos pioneiros da aviação no início do século XX. O conhecimento que havia inicialmente era empírico e muitos conceitos eram “importados” de outros ramos da engenharia. Apesar disto, os pioneiros aeroespaciais tinham preparação teórica em dinâmica de fluidos um ramo essencial que já era conhecido no fim do século anterior. Uma década depois dos vôos com sucesso dos irmãos Wright (anos 20 do século XX) a engenharia aeronáutica teve um súbito crescimento devido ao desenvolvimento de aviões militares na Primeira Guerra Mundial. Mais tarde pesquisas que iriam constituir uma base científica fundamental continuaram, numa combinação de física teórica e experiências práticas. Vendo a possibilidade de usar foguetes de longo alcance (rockets) como suporte de artilharia, a Wermacht alemã criou a ABMA, uma equipe de investigação científica com Hermann Oberth na liderança. Foram desenvolvidas armas de longo alcance usadas na Segunda Guerra Mundial pela Alemanha Nazi como a A-series de foguetes e mais tarde a infame V-2 Rocket (inicialmente designada de A4). Durante a Guerra Fria os EUA e a União Soviética competiram a nível aeroespacial (corrida espacial) da qual o ramo saiu beneficiado.
A primeira definição formal de engenharia aeroespacial surgiu em Fevereiro de 1958 e considerava a atmosfera terrestre e o espaço exterior como um único domínio, dando assim origem a um novo conceito que engloba aeronaves (aero) e espaçonaves (espaço): o aeroespaço.

O curso na UFABC é coordenado pelo Prof. Dr. André Fenili. É necessário primeiramente cursar o Bacharelado em Ciência e Tecnologia para depois seguir na área de Engenharia Aeroespacial. A grade completa do curso pode ser encontrada em http://prograd.ufabc.edu.br/images/pdf/27_01_10_projeto_pedagogico_engenharias.pdf